Skip to main content

Não é sobre fazer mais trabalho em menos tempo mas sobre gerar mais valor por menos trabalho.

Imagine se o dobro de colaboradores estivesse verdadeiramente engajado em seu trabalho. Imagine um ambiente onde a inovação não é apenas um objetivo, mas uma realidade diária. Este é o cenário ideal proposto pelo mindset ágil, especialmente aplicado nas áreas de gestão e marketing. Em um mundo onde a incerteza e a mudança são constantes, a agilidade se destaca como um farol de esperança para empresas em busca de inovação e sustentabilidade de longo prazo.

Influenciados por visionários como Jeff Sutherland, Stephen Denning, HBR, MCKinsey e Bain Co, e guiados pelas perspectivas do artigo "Embracing Agile" da Harvard Business Review, percebemos que o Agile vai muito além da simples implementação de novas tecnologias. Ele representa uma filosofia centrada na humanização dos processos empresariais e na valorização da adaptabilidade estratégica. Ao quebrar desafios complexos em pequenas partes gerenciáveis, o Agile encoraja uma abordagem de trabalho que prioriza a geração de valor significativo de maneira eficiente, potencializando o engajamento e a capacidade criativa dos times.

  • IT IS NOT ABOUT DOING MORE WORK IN LESS TIME
  • IT IS ABOUT GENERATING MORE VALUE FROM LESS WORK

Vou explicar as "três leis" do Agile: a Lei das Pequenas Equipes, a Lei do Cliente e a Lei da Rede.

1. Lei das Pequenas Equipes

O poder das pequenas equipes reside na sua estrutura autônoma e interdisciplinar, que lhes permite operar com ciclos rápidos de desenvolvimento e constante feedback do CLIENTE. Este arranjo facilita uma comunicação mais eficaz e uma resposta ágil às mudanças, características essenciais para a inovação contínua.

A colaboração estreita com os clientes, entendendo suas necessidades e experiências em tempo real, permite ajustes imediatos e aprimoramentos que direcionam para soluções mais alinhadas e personalizadas. Este dinamismo não só acelera o processo de desenvolvimento e entrega de valor como também fomenta um ambiente de trabalho mais engajado e motivado, onde a contribuição de cada membro é valorizada e tem impacto direto no sucesso do projeto.

1 Guerra - Equipes grandes e muita hierarquia. Hoje em dia, squads militares e a lei da reder.

1 Guerra - Equipes grandes e muita hierarquia. Hoje em dia, squads militares e a lei da reder.

Na minha experiência: Grupos menores são muito mais ágeis, práticos e próximos. Já executei diversos projetos de transformação digital para pequenas e médias empresas, e em todos eles nossas equipes não ultrapassavam 10 pessoas. Isso nos proporcionava grande agilidade e eficácia nas ações, pois tínhamos 10 pessoas com habilidades complementares e conhecimento especializado.

Uma sugestão: Se o seu time é grande, reflita sobre quebrar em células de acordo com o projeto e necessidade.

2. Lei do Cliente

Na essência do Agile, o cliente assume o papel principal, direcionando o fluxo de valor da empresa. Esta lei sublinha a importância de entender profundamente as expectativas e necessidades dos clientes, adaptando produtos e serviços para atender, e idealmente superar, estas demandas.

A mentalidade de "o cliente é o chefe" implica uma escuta ativa e uma prontidão para pivotar estratégias conforme necessário, garantindo que o valor entregue esteja sempre em sintonia com o que é mais relevante para o mercado. Ao invés de impor soluções pré-definidas, empresas ágeis cultivam uma relação de parceria com seus clientes, onde o feedback contínuo é um recurso valioso para inovação e aprimoramento contínuo.

Exemplo de mau uso da Lei do Cliente, Agile no mercado Canadense. Uma grande ineficiência ao mercado.

O Canadá, reconhecido como um dos grandes pilares acadêmicos globais, onde estudantes investem até uma década para se tornarem Ph.D.s e especialistas em suas áreas, enfrenta um desafio significativo de desconexão com o mercado.

A ausência de práticas ágeis na condução de pesquisas acadêmicas leva a uma distância preocupante entre os estudiosos e as necessidades reais das empresas e indústrias. Apesar da geração de soluções inovadoras e do desenvolvimento de patentes potencialmente revolucionárias, a falta de alinhamento com a Lei do Cliente resulta em estudos e inovações que, por não atenderem às dores e demandas do mercado, acabam não sendo aplicados. Assim, muitos trabalhos de Ph.D. são relegados às gavetas e patentes acumulam poeira, não por falta de qualidade ou potencial, mas pela ausência de um vínculo direto com os desafios e oportunidades do ambiente empresarial.

Esta lacuna entre o acadêmico e o prático evidencia a necessidade urgente de uma abordagem mais ágil e conectada no mundo acadêmico, que aproxime a pesquisa das dinâmicas e exigências do mercado.

Eu já errei nesta lei: Há alguns anos, criei minha primeira venture, com o desenvolvimento de um aplicativo. Tínhamos a convicção de que tínhamos a ideia perfeita e que nosso projeto devia ser sigiloso, rsrs. No entanto, estávamos enganados. Fomos vítimas de nossa própria cegueira, pois negligenciamos um princípio fundamental do agile: a importância de compartilhar nossas ideias e nos conectar com os clientes para obter constantes feedbacks do mercado e não do seu desenvolvedor.

Deveríamos ter compartilhado nossa visão com o mercado e buscado o constante feedback de clientes. Em vez disso, concentramo-nos exclusivamente no desenvolvimento do produto. 

Nossa história serve como um erro a não ser repetido, no digital, o sucesso não é apenas sobre a qualidade do produto, mas também sobre a conexão com aqueles que o utilizarão.

3. Lei da Rede

A terceira lei enfatiza a importância de uma estrutura organizacional transparente e colaborativa, onde a informação e os objetivos circulam livremente entre pequenas equipes.

A abordagem tradicional, com departamentos isolados e hierarquias rígidas, dá lugar a uma rede dinâmica de equipes pequenas, interconectadas, que compartilham conhecimento e recursos. Este modelo promove uma cultura de questionamento e inovação aberta, onde todos são encorajados a contribuir com ideias e soluções.

Além disso, ao focar em problemas reais do mercado, como o desafio de alinhar pesquisa acadêmica com necessidades econômicas, essa lei propõe uma nova maneira de pensar sobre organização e colaboração, destacando a importância de conectar esforços de especialização a aplicações práticas e impactantes.

Minhas conclusões:

A adoção do mindset ágil representa uma mudança fundamental na gestão de negócios, ultrapassando a simples alteração de ferramentas para uma transformação na cultura organizacional, enfatizando flexibilidade, colaboração e foco no cliente. Essa abordagem não só responde rapidamente às demandas do mercado, mas também promove inovação e sustentabilidade. 

As "três leis" do Agile — pequenas equipes, valorização do cliente e conexão em rede — são essenciais para essa transição, guiando empresas no caminho da agilidade. O futuro será dos que internalizarem a agilidade como mais que uma estratégia, mas como um valor, destacando-se pela capacidade de adaptar-se e inovar. 

Este artigo convoca líderes e equipes a adotarem esse mindset, visando um futuro onde adaptabilidade e foco no cliente definam o sucesso empresarial.

Sugestões para quem quiser aprofundar:

Stéfano Helou Frontini
Post by Stéfano Helou Frontini
Março 15, 2024
Com mais de 13 anos de mercado e já tendo crescido 4 empresas, destaco-me como um especialista estratégico de crescimento de negócios de tecnologia. São 11 anos de mercado financeiro somados a 8 anos de empreendedorismo. Sou formado em Engenharia de Produção pelo IMT e pós-graduado em Direito do Mercado Financeiro pelo Insper. Hoje moro em Toronto no Canada e por isso trago aqui também comparações sobre ambas as culturas e suas mentalidades. Este é um projeto de educação ao qual busco compartilhar meus estudos técnicos e aprendizados práticos sobre capital, mindset ágil e business development. Se você busca conhecimento e resultado, aqui é o lugar.

Comments